O QUE SÃO COMPRESSORES?
Compressores são ferramentas utilizadas no processo de mixagem e masterização de uma música que servem para reduzir a dinâmica do áudio.
A dinâmica é a diferença entre as intensidades sonoras mais fortes e mais fracas. Exemplo: se pegamos um loop de bateria em que o pico mais intenso em dBs for de -2dB e o menos intenso (perceptível) for de -14dB, esse loop tem uma faixa dinâmica de 12dB.
QUAIS AS APLICAÇÕES DOS COMPRESSORES?
Como dito anteriormente, a aplicação do compressor é para alterar a dinâmica de um áudio, mas isso implica em diferentes consequências.
Podemos mover um elemento através do campo estéreo para frente ou para trás utilizando compressores.
Podemos deixar um elemento com mais pressão usando compressores.
Também podemos deixar um elemento mais consistente utilizando compressores, que dá aquele famoso efeito de cola.
ANTES DE EXPLICAR COMO FAZER CADA UMA DESSAS APLICAÇÕES, VAMOS AOS SEUS PARÂMETROS
Na maioria dos compressores veremos alguns parâmetros principais que são: treshold, attack, release, ratio, knee, input e output.
Treshold: É o nível de sinal que determina a partir de onde o compressor vai atuar. De forma simplificada, o compressor não atuará comprimindo os sinais de áudio que estão abaixo do imposto no treshold, apenas nos que passam dele. Uma exceção é quando utilizamos um soft knee, que será explicado mais abaixo.
Attack: É o tempo de atraso pro compressor de fato começar a comprimir a partir do momento que o sinal passou do nível do treshold.
Release: É o tempo de atraso pro compressor parar de comprimir a partir do momento que o sinal já desceu além do treshold após compressão.
Ratio: É a intensidade da compressão. Vem em proporção (ex: 2:1 ; 3:1 ; 4:1). Essa proporção significa que a cada tantos dB que passou além do treshold, o compressor deixa passar apenas 1dB. Ou seja, num ratio de 4:1, a cada 4dB que passam acima do nível do treshold o compressor deixa passar apenas 1dB.
Knee: É o quão brusco o compressor atua. Se optarmos por um hard knee o compressor começará a atuar direto no ratio selecionado assim que passar do treshold, levando em consideração o tempo de ataque. Com um soft knee, mesmo um pouco antes do sinal passar do nível do treshold o compressor começa a comprimir gradativamente com ratios menores até chegar ao ratio selecionado, deixando uma compressão mais natural.
Input: É o nível de sinal que vai entrar no compressor.
Output: Também pode vir como Make Up Gain, é o nível de sinal que sairá do compressor.
COMO FAZER CADA APLICAÇÃO DO COMPRESSOR?
Para mover um elemento mais trás do campo estéreo, podemos comprimir bastante esse elemento com um ataque rápido e um release de moderado a alto, a depender do tempo da música e do formato do som (se é um som de pluck – curto – ou se é um som com mais sustain)
Para dar mais pressão e encorpar o áudio, podemos aumentar um pouco o tempo de ataque de forma a não comprimir os transientes (normalmente 20-40ms) e o release bem curto. Isso também ajuda o elemento a passar mais para frente do campo estéreo.
Para dar o efeito de cola, por exemplo numa bateria, se for um loop em um único canal basta usar o compressor no canal e utilizar os parâmetros que mais se encaixem na música. Como todos elementos da bateria se encontram no mesmo canal, todos serão afetados da mesma forma pelo compressor, dando o aspecto de cola. Caso os elementos da bateria estejam em canais separados, basta agrupá-los e usar o compressor no canal do grupo.
ENTENDA MELHOR
Para entender perfeitamente como o compressor funciona, veja o vídeo abaixo em que explico de forma teórica visual e depois de forma prática auditiva a ação do compressor no áudio.
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